Por Elder Darlan

Uma maranhense, a primeira romancista brasileira. Escritora, musicista e professora, filha de mãe branca e pai negro. Maria Firmina dos Reis, menos conhecida do que deveria. Confesso que antes de redigir esse texto, não a conhecia, mas ao saber da sua história e  de sua importância, não só para o genêro, como também para o país, exponho aqui minha surpresa pelo não reconhecimento dela na sociedade, principalmente nas escolas.

Durante as minhas aulas do Ensino Médio, sobre a escravidão no Brasil, não houve sequer uma citação sobre Maria Firmina. Ela usava a arte literária como mecanismo de enfrentamento à escravização, como em ‘Úrsula’, seu primeiro romance publicado, em que  seus personagens tinham voz e a chance de contar sua própria história.

Esse ocultamento de pessoas negras, tão importantes para a história do Brasil, me faz pensar se o modo como a sociedade trata o negro não seria diferente. Um país, de população, em sua maioria, negra e parda, com um racismo tão grande a ponto de produzir ainvisibilidade dessas pessoas, como Maria Firmina dos Reis, nos faz esquecer que a nossa história foi construída por negros.

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