O consumo através da divulgação nas redes sociais

Por Mayara Dias

Os brasileiros têm preferido consumir produtos que veem na internet e divulgado por alguém, do que de fato ir à loja física procurar. Segundo dados recentes divulgados pela Octadesk em parceria com a Opinion Box, 61% dos brasileiros compram mais pela internet do que presencialmente. O marketing de influência usa uma abordagem que busca desenvolver ações de vendas e divulgação junto à influenciadores digitais, justamente por conta da relação de confiança e do seu poder de provocar decisões em seus seguidores. É uma profissão que está em alta, e algumas pessoas são referências no ramo da beleza, moda, fitness, entre outros diversos temas, e todas elas têm algo em comum: atingem seus nichos com autenticidade ao promover os produtos ou serviços. 

A head de marketing Nayana Mota, de 27 anos, fala sobre a importância de fazer investimento na divulgação digital. “No século XXI, 2023, era do Tiktok é indispensável para qualquer tipo de marca investir em divulgação digital. Hoje, as pessoas são indiretamente influenciadas por posicionamento digital. A primeira coisa que a gente faz antes de comprar é ir no Google e no Instagram da marca e procurar o nome dela ou do profissional indicando. Se não tem, já dá uma desconfiança”, frisou Nayana.

O posicionamento das marcas é primordial na hora das vendas. Quando se abre um novo negócio é importante dar uma atenção a parte de comunicação e buscar as melhores estratégias, não necessariamente contratando influenciador logo de ‘cara’, mas estudando como os canais de comunicação funcionam e trazem retorno para a empresa. É preciso se estruturar nas redes sociais para criar seu público-alvo. Em seguida, produzir conteúdos que evidenciem o produto e criem a necessidade de tê-lo.

Ao contratar um influenciador, o microempreendedor precisa entender qual é o papel e a função que esse profissional desenvolve. Não é apenas tirar fotos, fazer vídeos e postar. Existe todo um planejamento que envolve posicionamento, alcance e identificação. Esse trabalho mostra que as pessoas consomem um produto, porque confiam em quem está divulgando, e isso se torna ainda mais forte quando vem de um influenciador digital. Ele se torna uma prova social. Além disso, o influencer não tem a obrigação de vender nada, afinal, ele não é um vendedor. O seu objetivo ao contratá-lo deve ser de maximizar a eficácia da divulgação da marca.

A microempresária Agatha Andrade, de 29 anos, abriu sua loja em 2018, a ‘Heavenly’, localizada em Itaboraí, e conta como teria sido se na época que ela começou seu negócio tivesse condições de contratar influenciadores.

“Sem sombra de dúvidas é um investimento que faço na minha empresa hoje e não me arrependo. Se há cinco anos eu pudesse investir dessa forma, com toda certeza eu investiria. Faria até com mais garra, porque faz total diferença”, disse Agatha.

Arara da loja Heavenly


Uma pesquisa da GlobalWebIndex mostra que o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de países que mais passam tempo nas redes sociais. Calcula-se que os brasileiros ficam quatro horas diárias rolando o feed, assistindo vídeos, trocando mensagens e fazendo compras. Nas redes sociais, é preciso investir de diferentes modos. Seja na identidade visual, na contratação de um social media para gerenciar a rede, ou em parcerias. É necessário planejar para atribuir as vendas ao seu empreendimento.

Mas como encontrar o tipo de influenciador certo para o seu público? Ao todo, são quatro tipos de influenciadores, porém nem todos se encaixam com a sua realidade. A escolha deve ter como foco um perfil que traga autoridade e relevância para a sua estratégia. A primeira categoria é chamada de ‘celebridade’. Consiste em um influenciador que aborda diversos assuntos de forma genérica, com muitos seguidores, mas possui baixa relevância. A seguinte é ‘autoridade’, pessoa especialista em determinado segmento, que tem propriedade e domínio no assunto tratado.  O terceiro é ‘jornalista’, que por meio de fontes e conhecimento fala sobre a história do produto e aumenta seu engajamento. E por último, o ‘micro’, que tem poucos seguidores, mas grande poder de influência sobre um grupo de pessoas.

Conseguir alcançar um público específico sozinho não é uma tarefa recomendada. Ao divulgar e indicar um produto, os influenciadores geram confiança nos seguidores e podem construir credibilidade para a marca. A influenciadora Victória Almeida, de 21 anos, explica como cria conexões e entrega qualidade aos seus seguidores.

“Através do meu trabalho eu dou visibilidade, mostrando para pessoas do meu jeito como é um ‘look’ no corpo, ou como é fazer propaganda de uma pizzaria. Sempre sabendo o que os meus seguidores vão gostar, e o que eu sei que vai dar retorno, seguidor e visibilidade. Até porque hoje em dia internet é tudo, sem ela a gente não é nada”, comentou Victória. 

Victoria fazendo provador

Métricas. Engajamento. Alcance. Credibilidade. São categorias fundamentais das redes sociais que estão diretamente ligadas à nova era. Seja com atração de leads qualificados (potenciais clientes) ou com a conversão direta de vendas, o seu negócio precisa de estratégias e investimento em marketing. Contratar um influenciador digital é um negócio eficaz para a marca e vale o investimento. 

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